Os efeitos das mudanças climáticas, da urbanização e da restrição hídrica no planeta dificultam a obtenção da água necessária para atender às demandas crescentes da agricultura.
No Brasil a necessidade de preservação de recursos genéticos e energéticos voltados para bioenergia é especialmente importante, uma vez que a maioria dos cultivos que compõem a base produtiva do país é de origem exótica.
O Maguey do Cerrado é uma cultivar fonte de alimentos, fibras e combustíveis que a partir de uma interação com o meio ambiente requer menos volume de água devido a seu metabolismo CAM (metabolismo ácido das crassuláceas).
A característica típica de utilização desse metabolismo é a produção carboidratos de reserva (frutanos) que possibilitam o desenvolvimento da planta por meio da osmorregulação, crioproteção e tolerância à seca.
O ecotipo Maguey do Cerrado é uma variedade morfológica da seção Salmiana do Agave cultivada na região do cerrado de Goiás, região centro-oeste do Brasil.
O cerrado é um bioma tipo savana que reúne um complexo mosaico de vários tipos de vegetação, que cobrem cerca de 2.000.000 km² do Brasil Central.
O Maguey do Cerrado apresenta características estruturais e funcionais de adaptação a ambientes com restrição hídrica. Identificam-se como indicadores de modificação estrutural, as adaptações desenvolvidas para maior eficiência na captação hídrica e menor dispêndio de energia.
Outro indicador pode ser mensurado pela geração de biomassa e pela qualidade da seiva produzida pelas plantas, rica em polissacarídeos, açúcares simples e álcool.
A proposta se destaca pela inovação no modelo de gestão articulada em rede e pela geração de produtos e soluções que podem ser replicados em escala mundial.
Destaca-se, ainda, pelo resgate de uma experiência tradicional, ampliada por pesquisa e desenvolvimento, gerando novos conhecimentos, novos produtos, além de uma alternativa de modelo produtivo com bases sustentáveis e equilibradas com a natureza.
A Plataforma de Produtos de Maguey do Cerrado se estrutra em cinco pilares:
Viveiro
Cultivo Urbano
Cultivo Agroecológico
Estudos e testes
Produção intelectual
Cultivo de microorganismos
Produção de biomassa e biopolímeros
Gastronomia
Elaboração de adoçante calórico nutritivo e funcional;
Elaboração de bebidas destiladas
Nutracêuticos
Elaboração de fibras alimentares
Design
Embalagens ecológicas
Xaxins de fibra
Tics e IoT
Plataforma informacional
App de prova de conceito
Embalagens rastreáveis
Embalagens inteligentes
Produtos Farmacológicos
Elaboração de Sutura cirúrgica
Elaboração de pele artificial
Elaboração de compostos metabólicos
Publicações mídias impressas
Publicações digitais
Audiovisual
Workshop
Divulgação Científica
ADRIANA PARADA LINK
De 2010 a 2015 integrou o Banco de Pareceristas do Ministério da Cultura (MinC) como Perita Credenciada para avaliação de projetos de alta complexidade.
É uma das fundadoras do Coletivo Cultural Koskatl, que desenvolve atividades formativas e produz conteúdos multiplataformas com a incorporação de tecnologias digitais em situações aprendizagem – premiado em 2015 pelo Edital do MinC Todos Por Um Brasil de Leitores.
Fundou também a rede de diálogos CASA BRASIL DIGITAL que promove a conexão de grupos, produtores culturais e instituições formativas com o objetivo de desenvolver produtos, serviços e processos formativos que possibilitem o desenvolvimento local sustentável. Em 2015 a Casa Brasil Digital foi selecionada em primeiro lugar pelo Edital Cultura de Redes/MinC e premiada na Categoria Local.
Atualmente coordena a Plataforma de Produtos de Maguey do Cerrado – proposta de inovação tecnológica para a reprodução, estabelecimento, produção e aproveitamento integral do ecotipo Maguey do Cerrado (uma variedade da seção Salmiana do Agave).